Nove anos depois, o prestigiado Guia Repsol volta a Portugal e reforça o seu compromisso com a valorização da gastronomia ibérica. A primeira Gala em território nacional decorreu a 7 de abril, no Convento de São Francisco, em Santarém, e distinguiu um total de 194 restaurantes portugueses, num evento que celebrou a diversidade, o talento e a sustentabilidade da cozinha nacional.

O grande destaque da noite foi a atribuição do reconhecimento dos Três Sóis Repsol – a pontuação máxima do Guia – a quatro restaurantes de excelência: o Belcanto, em Lisboa, liderado por José Avillez; o Il Gallo D’Oro, no Funchal, com assinatura de Benoît Sinthon; o Ocean, em Porches, de Hans Neuner; e o The Yeatman, em Vila Nova de Gaia, a cargo de Ricardo Costa. Estes estabelecimentos refletem não só a criatividade e sofisticação dos chefs portugueses, mas também o enraizamento na tradição e no território, com propostas que vão do mar de Cascais às influências da diáspora africana e asiática, passando pelos sabores da Madeira.

Ao todo, foram atribuídos 70 Sóis — divididos entre 4 restaurantes com Três Sóis, 17 com Dois Sóis e 49 com um Sol — além de 124 recomendados. A seleção inclui desde projetos inovadores de jovens chefs até referências históricas como o Gambrinus (Lisboa) ou o Tia Alice (Fátima), num retrato fiel da riqueza gastronómica nacional. O Guia percorre todo o território português, incluindo Madeira e Açores, e destaca propostas em áreas urbanas e rurais, contribuindo para a descentralização e valorização de regiões do interior.

A sustentabilidade mereceu também palco nesta edição, com a entrega dos prémios Sol Sustentável a quatro restaurantes que se destacam pelo compromisso ambiental. O Il Gallo D’Oro foi distinguido na categoria dos Três Sóis, graças à utilização exclusiva de produtos locais e à sua horta própria. O restaurante Ó Balcão (Santarém), de Rodrigo Castelo, venceu na categoria dos Dois Sóis, pelo trabalho em prol da biodiversidade e da valorização de espécies invasoras. O Sem (Lisboa), que promove desperdício zero e a sazonalidade dos produtos, recebeu o prémio na categoria de Um Sol, enquanto o Poda (Montemor-o-Novo), na categoria de Recomendados, foi distinguido pelo foco em produtores locais e práticas sustentáveis.

A cerimónia contou com a presença de várias personalidades institucionais e do setor turístico, como o presidente da Repsol, Antonio Brufau, o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, e o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos e o Presidente da Câmara Municipal de Santarém, João Teixeira Leite. Para Brufau, o regresso do Guia Repsol a Portugal representa “um reforço da relação ibérica”, recordando que em 2024, 2,4 milhões de turistas espanhóis visitaram o país.

Santarém foi a cidade escolhida para acolher o evento, assumindo-se como “Capital Nacional da Gastronomia”. Para o presidente da Câmara, João Teixeira Leite, “este é um evento de escala internacional que enaltece Portugal e contribui para atrair mais visitantes ao território”.

Para Maria Rítter, diretora do Guia Repsol, o objetivo é claro: “Portugal está a borbulhar de talento. Pretendemos mostrar esse talento, dar-lhe visibilidade e partilhar a felicidade que proporciona a quem se senta à mesa”.

O Guia Repsol 2025 marca, assim, um novo capítulo na promoção da gastronomia portuguesa, aliando tradição, inovação e sustentabilidade — ingredientes fundamentais para conquistar um lugar de destaque no panorama gastronómico internacional.

A lista de todos os restaurantes pode ser consultada em www.guiarepsol.com/pt/